Nem um passo atrás

São as maiores assembleias de base em Espanha num sector organizado do movimento de trabalhadores desde a crise de 1981-1984 nos mineiros, indústria naval e siderúrgico. Na Europa deste Margaret Thatcher e os mineiros nada idêntico tinha lugar. Mariano Rajoy aprovou um decerto em que pretende despedir, em 3 anos, mais de 5 mil dos 6700 dos estivadores espanhóis. Diz que os estivadores são um monopólio e as empresas, cartelizadas, precisam de flexibilidade. A UE diz que multará a Espanha se não despedir os estivadores em mais de 100 mil euros ao dia. A resposta foi a maior onde de organização de base na Europa em 30 anos, uma onda de assembleias, “greves” de diminuição da velocidade da descarga; greve oficiais marcadas e, porventura, desde a greve de mais de 1 ano de Liverpool em 1997 – gravada num filme de Ken Loach – a maior onda de solidariedade internacional no sector – 65 000 estivadores dos EUA, Europa, África e América Latina dispostos a entrar em greve contra a precariedade dos estivadores espanhóis. Nada semelhante acontecia na Europa desde a década de 80 do século XX. O lema começou por ser “Estivadores unidos jamais serão vencidos” mas em Algeciras a base mudou o lema para “Nem um passo atrás”.

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